Se praticarem o bem e não
derem lugar ao medo.
—1 Pedro 3:6
Há muitas maneiras pelas quais o medo tentará te dominar. Uma das mais comuns é o medo de que seu cônjuge esteja sendo infiel — que ele/ela esteja cometendo adultério.
Embora você talvez já tenha enfrentado, e espero que vencido, este medo, seria bom ler o capítulo sobre adultério no livro de Erin, Como Deus Pode e Vai Restaurar Seu Casamento, que me ensinou os princípios fundamentais sobre a infidelidade e sobre como superar os efeitos devastadores do adultério através do uso das Escrituras. E já que este pecado prevalece tanto em nossa sociedade e dentro da igreja, eu senti o Senhor me guiando a dedicar um capítulo para discutir a questão de quando há “suspeita” de infidelidade, mas nada foi ainda confirmado. Eu espero que isso vá ajudar homens/mulheres que possam estar enfrentando a possibilidade de que sua/seu esposa/marido tem estado com outra pessoa ou, como nos referimos a eles no RMI, OM (outra mulher) ou OH (outro homem).
Desta vez, eu não tinha absolutamente a menor ideia de que o adultério estava acontecendo novamente; da primeira vez eu tinha minhas suspeitas. Mas agora, acredite ou não, foi o nosso conselheiro pastor que continuava me dizendo, “Ele só pode estar envolvido com outra mulher; ele está dando todos os sinais!”
Deixe-me parar aqui para dizer que hoje eu sou mais contra conselheiros e aconselhamentos do que jamais fui antes. Mais ainda do que Erin. Foi o nosso pastor sênior que me disse (a mim e ao meu marido) que, a menos que fizéssemos aconselhamento, seríamos desligados da nossa igreja. Eu fui, mas não me surpreendi com o fato do meu ex-marido nunca ter ido.
Há tantas razões por que eu sou pessoalmente contra isso— este foi apenas um dos problemas que me despertou a ira santa contra conselheiros e aconselhamentos —eu experimentei em primeira mão e vi quantas vezes eles plantam pensamentos na mente das esposas feridas ou dos maridos destruídos, dizendo que seus cônjuges provavelmente estão em adultério!!
Tudo que eu conseguia pensar era como a maioria das mulheres e homens estão instáveis espiritualmente nas igrejas! Muitas mulheres ficariam tão devastadas; elas poderiam facilmente correr e cometer adultério elas mesmas, ou pior, tirar a própria vida (e até mesmo a vida dos filhos como uma esposa na Califórnia fez)!
A outra coisa que geralmente acontece quando esta semente é plantada é que as pessoas tolamente confrontam os seus cônjuges e perguntam abertamente se eles estão se encontrando com alguém ou tendo um caso!
Querida leitora, não há erro maior (além daquele de você mesma cometer adultério para se vingar do seu esposo) do que pedir que eles “confessem” ou confrontá-los! Se você suspeita que seu esposo esteja envolvido com alguém, então proste-se diante de Deus e se prepare para a batalha— espiritualmente! Esteja coberta de oração, se aproxime do Senhor; deixe que Ele te guie, te conforte e se prepare para o que pode estar por vir.
E também não dê ao inimigo a vantagem que o Senhor te deu confrontando e revelando o pecado do adultério! É muito melhor que eles (seu cônjuge e a pessoa com quem ele está envolvido) continuem a serem forçados a se esconderem, do que quando eles vierem a público e esfregarem isto na sua cara! Isto é exatamente o que acontece quando você confronta alguém que está traindo e tenta fazê-lo confessar. E não somente ele fará tudo abertamente na sua cara, mas também vai contar aos seus filhos (apresentando e trazendo a outra pessoa nas visitas) e eles começarão a andar juntos publicamente na sua vizinhança!
Adultério, senhoras e senhores, é uma batalha espiritual; portanto, você precisa usar de sabedoria (não agir seguindo as suas emoções) quando lutar contra ele.
“Se o machado está cego e sua lâmina não foi afiada, é preciso golpear com mais força; agir com sabedoria assegura o sucesso.” (Ec 10:10).
Em uma guerra você certamente não deixaria o inimigo saber que você está ciente dos seus movimentos, não é verdade? Pelo contrário, você ocultaria este conhecimento para estar pronta para a próxima vez que ele atacasse! E quando você dá a eles a vantagem, dizendo que você sabe ou suspeita do que está acontecendo, eles irão usá-la contra você! Eu passei por isso da primeira vez que meu marido me traiu e foi visto inúmeras vezes com mulheres para quem eu ajudei a ministrar.
A partir do momento em que o adultério é confrontado, a OM ou o OH passa a ter a vantagem na vida do seu cônjuge! Esta é a mais pura verdade! Seu cônjuge não irá mais se esconder para que você não descubra, mas o pecado se tornará público e logo ele/ela bombardeará seus ouvidos com um lixo que, eu prometo, você não vai querer ouvir!
Da primeira vez que enfrentei o divórcio, eu não sabia de ninguém mais que havia tentado. Isso foi antes de eu conhecer o RMI. Então, quando o inimigo preparou uma armadilha para que eu descobrisse que meu marido não estava morando sozinho em um apartamentozinho (era por isso que não queria que eu e as crianças soubéssemos onde ele morava), mas sim morando com a outra mulher na melhor parte da cidade, eu mordi a isca e falei com o meu marido que eu sabia.
Naquela noite ele chorou e confessou que era verdade; aquela também foi a última vez que ele ficou até as crianças irem para cama (ele ficava para eu não suspeitar que ele estava vivendo com outra pessoa). Depois disso, depois de eu o ter confrontado, ele me dizia que tinha que “chegar em casa cedo por causa dela”, porque a coitadinha ficava sozinha, etc., etc.
A mesma coisa acontecerá com você! Não caia nesta armadilha se você ainda não tiver mordido a isca.
E desta vez? Desta vez eu não suspeitei que havia uma pessoa, mas como eu disse, quando fui forçada a ir ao aconselhamento (sob pena de ter que deixar a minha igreja), foi o pastor conselheiro quem me disse que não havia dúvidas de que meu marido estava envolvido com alguém. Naquele mesmo dia minha irmã mais nova me disse que eu era muito boba, que claro que ele estaria envolvido com alguém outra vez, sendo ele o tipo de homem que ele era. Eu desmenti todas as vezes. Mas, naquela noite, aquilo começou a revirar as minhas entranhas.
Então eu fiz aquilo que sempre fui fiel em fazer, e que você precisa se treinar a fazer também, eu me escondi para ficar sozinha com o Senhor até que aquele sentimento desaparecesse. E como sempre fiz, eu disse a Ele o que eu tinha ouvido (não para informá-Lo, Ele sempre sabe, mas ajuda quando dizemos a Ele), e então eu me surpreendi quando me vi perguntando a Ele se era verdade (mas eu sabia que não era); você entende o que eu estou dizendo? Foi como se o Senhor tivesse me inspirado a perguntar aquilo que eu realmente acreditava que fosse mentira. Mas Ele me assustou quando me disse, “Sim, É verdade.”.
MAS porque foi ELE quem me disse, e eu não tinha ficado sabendo porque estupidamente procurei descobrir por mim mesma, ou por ter bisbilhotado e confrontado o meu marido com as minhas suspeitas, como fiz antes ou como muitas de vocês estão fazendo, aquilo não doeu, e nem eu fiquei abalada!!
Salmos 55:22 diz, “Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado.”
Desta vez eu estava determinada a não cometer os mesmos erros de antes e por isso não comentei nada com o meu marido sobre o assunto. Deus me disse até o nome dela enquanto eu estava sozinha com Ele em meu cantinho de oração. E Ele também me revelou todas as vezes em que eles estiveram juntos, bem debaixo do meu nariz, mas eu nunca havia suspeitado de nada!
Duas coisas que eu quero que você saiba: primeiro, quando o Senhor terminou de me revelar toda a verdade, Ele me perguntou como eu estava me sentindo. Eu tive que meio que me auto examinar, igual quando o médico te pergunta onde está doendo, ou se você sente alguma dor. Quando eu fiz isso, percebi que não havia dor alguma— e nem medo—, apenas uma paz maravilhosa! Isto certamente foi muito diferente (totalmente o oposto) da primeira vez que descobri sobre a OM.
*E, por favor, não seja cruel a ponto de pensar que, já que não era a primeira vez, eu já estava “acostumada” com isso! Ninguém se acostuma a ser traído, não importa quantas vezes isto aconteça. Você pode endurecer a si própria, mas dureza de coração não é o remédio.
Em segundo lugar, eu perguntei ao Senhor por que eu não havia notado essas coisas tão óbvias. Eu havia sido tão estúpida ou ingênua como aquelas duas pessoas (o pastor conselheiro e a minha irmã) haviam me dito quando disseram que ele estava envolvido com alguém?
O Senhor me disse uma coisa que eu acredito que irá ajudar a você também. Ele me disse que cada um de nós olha para as pessoas da maneira que nós mesmos somos! Alguém que é mentiroso sempre pensa que os outros estão mentindo para ele, não é mesmo? Então foi o meu coração puro que olhou para o meu marido acreditando nessa mesma pureza. Pensando que como eu nunca seria infiel a ele, então ele também não seria infiel a mim.
É por isso que fazer coisas tolas, como bisbilhotar, é perigoso. Bisbilhotar é uma outra reação que homens e mulheres apresentam, quando a semente de que seus cônjuges estão “tendo um caso” é plantada, e eu prefiro me referir a essa situação como “cometendo adultério”. Pecado, em minha opinião, na opinião de Erin e na opinião de Deus, não é uma coisa sem importância, um “caso”. Adultério é um pecado, e precisa ser tratado como o pecado que é e ser chamado pelo nome de adultério.
É por isto que é tão perigoso quando você começa a bisbilhotar— isso vai trazer à tona a dor que Deus tem tentado te proteger de experimentar. Algumas mulheres não serão capazes de superar essa dor e, muitas vezes, depois de descobrirem mais evidências do pecado do marido, cairão em outras armadilhas que já discutimos: irão elas mesmas cometer adultério ou confrontarão os seus maridos com aquilo que descobriram! Algumas, como eu disse, ficam tão desesperadas que fazem o impensável como matar os maridos ou tiram a própria vida. Nós não ouvimos isso o tempo todo nos noticiários?
Os homens que ficam bisbilhotando frequentemente reagem à dor e à traição com ira, e algumas vezes com violência! Não há outra maneira melhor de destruir o seu futuro ou fazer o outro homem parecer mais atraente para a sua esposa do que brigando com a pessoa com quem ela está envolvida. Infelizmente, a ira é muitas vezes direcionada à sua esposa a quem você irá agredir verbal ou fisicamente, e isso aumentará ainda mais os sentimentos negativos que ela já tem por você. Não a confronte!
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Como “As mulheres mais velhas também ... ensinam o que é bom, para ENCORAJAR as moças…” (Tito 2:3), você terá a oportunidade de falar com as mulheres mais jovens que ainda são solteiras como parte de seu ministério.