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Na semana passada nós terminamos comigo encorajando cada uma de vocês a parar de relutar ou sofrer ou tentar controlar os seus sentimentos e, em vez disso, levar cada emoção negativa ao Senhor.

Quantas de vocês começaram a senti-Lo bem ao seu lado? Quantas de vocês perceberam que Ele está esperando para falar com você sobre as Suas verdade de amor, perdão e sobre os maravilhosos planos que Ele tem para o seu futuro— porque você está disposta a levar tudo a Ele?

Porque é quando as mulheres ignoram como podem experimentar a verdadeira cura que elas tentam se automedicar, usando outros meios para aliviar a sua dor.

Jeremias 8:22 — “Não há bálsamo em Gileade? Não há médico? Por que será, então, que não há sinal de cura para a ferida do meu povo?”

O que a maioria das pessoas “boas” fazem para eliminar os sentimentos negativos é se entregar às obras, o que é o mesmo que simplesmente colocar um band aid (ou um emplastro) em cima da ferida emocional. Um curativo nos ajuda a não vermos mais o machucado e nos permite realizar boas obras para nos ajudar a “compensar” pelo erro que cometemos. Muitas vezes, se isso continuar, nós começamos a expandir as nossas obras e logo nos tornamos apenas pessoas “religiosas”, e iremos nos certificar de que todo mundo saiba o que fizemos ou que estamos fazendo da maneira religiosamente correta.

Deixe-me dar um exemplo recente. Não que nós tenhamos na verdade visto ou ficado sabendo que uma das nossas ministras tivesse “pecado”, mas o comportamento dela sugeria que alguma coisa havia acontecido. O que nós realmente percebemos foram as palavras floridas e excessivamente suaves de louvor que ela escrevia e era possível sentir que eram vazias. Em seguida ela não apenas dobrou o valor do seu “dízimo”, mas também começou a se certificar de escrever e postar comentários sobre isso em todas as oportunidades que ela tinha. Depois ela anunciou que estava jejuando, não apenas uma vez, mas em todos os lugares, ela falou sobre isso com todas as pessoas.

Deixe-me parar aqui por um momento só para explicar que essa ministra também não compreendeu que, se você dobrar o valor do seu dízimo, ele não será mais um dízimo, mas passará a ser um dízimo e uma oferta. Porque a palavra dízimo significa 10%, então qualquer coisa acima disso se torna uma oferta.

Você se lembra de ter lido em Malaquias 3:8-10 que nos diz, “Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão Me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que Te roubamos?’ Nos dízimos nas ofertas. Vocês estão debaixo de grande maldição porque estão Me roubando; a nação toda está Me roubando.”

Então, claro, é fantástico devolver mais para o Senhor, começando a dar não somente o seu dízimo, mas uma oferta também. Mas a questão é o motivo pelo qual você está doando. É sempre o motivo de estarmos fazendo alguma coisa que importa porque a razão pela qual agimos é um reflexo do que está em nossos corações.

O jejum também precisa ser feito com privacidade, entre você e o Senhor, como é dito em Mateus 6:16-18.

Contudo, nenhuma dessas situações era o que estava nos preocupando porque elas eram meros sintomas do que ela estava tentando esconder e se sentir melhor a respeito. Pecado. E pode se tratar de um pecado grande ou pequeno OU pode até ser uma completa MENTIRA. Muitas vezes o inimigo sabe do seu desejo sincero de andar em retidão com o Senhor e, portanto, ele astutamente planta mentiras que levam ao sentimento de culpa, o qual se não for levado ao Senhor, resultará em condenação, que resultará em vergonha, e que, por fim,  fará com que você queira se esconder atrás de obras.

E assim que tentarmos Esconder aquilo de que poderíamos ser curadas, se simplesmente confessarmos, nós estaremos rumando ladeira abaixo, porque estaremos carregando nossos próprios fardos.

Deixe-me compartilhar um exemplo que vivenciei enquanto eu ajudava a minha irmã mais velha para que você compreenda este princípio com mais clareza. Durante anos a minha irmã foi uma pessoa impossível de se conviver ou mesmo de se estar no mesmo ambiente. O temperamento dela era explosivo e ninguém sabia quando ela iria estourar. Então, a única maneira de lidar com ela era evitando-a sempre que possível. Por ser nove anos mais nova, eu nunca soube realmente que ela não havia sido assim a vida inteira, porque, desde que eu nasci, parecia que ela era aquela irmã que ninguém gostaria de contrariar ou de entrar para a sua lista negra.

Somente muitos anos depois foi que eu vim a descobrir a verdade. Um dia ela me ligou aos prantos e demorou para conseguir me dizer o que ela queria me contar. Ela repetia sem parar, em meio aos soluços, “Se você soubesse…”

Depois do que me pareceu uma eternidade, ela finalmente conseguiu sussurrar que havia tido um bebê quando ainda era adolescente e que o entregou para a adoção. Eu fiquei perplexa. Não por causa do que ela havia feito, mas porque eu nunca percebi que ela pensava que eu não sabia. Não, nós nunca tínhamos conversado sobre isso. Ela nunca tocou nesse assunto, então, claro, eu também nunca falei nada, mas eu já sabia.

Logo que eu disse a ela gentilmente, “Mas eu já sabia disso.” ela parou de chorar. Ela ficou chocada e aliviada ao mesmo tempo. Mas, quase que imediatamente, o desespero começou a consumi-la novamente e ela me disse, “Mas espera só até os meus filhos descobrirem, eles vão me odiar!!” E eu então expliquei para ela que era mais do que provável que eles também soubessem. Eu disse que se uma sabia o outro também saberia, e eu sabia que a filha dela tinha conhecimento dessa situação porque ela tinha conversado comigo a esse respeito.

Minha irmã vinha carregando esse fardo durante toda a sua vida, o fardo de um “pecado” de que ninguém a estava acusando. Nunca, nem uma única vez, quando comentávamos sobre essa situação infeliz, nenhum dos meus irmãos ou a sua filha, pensaram mal dela de maneira alguma. Pelo contrário, nós nos sentíamos aflitos por ela. Nós concordávamos que seria difícil demais viver sabendo que você tem uma filha crescida em algum lugar e que a última vez que você a viu ela era apenas um bebezinho.

Esta mesma exata situação tem sido exposta nos programas de televisão. A vergonha, a culpa e a condenação que as mães solteiras (e em alguns casos o pai) sentem quando estão passando por isso— quando dão um bebê para a adoção assim que ele nasce. Mas a verdadeira tragédia são as emoções negativas que a pessoa carrega com ela— elas são tão pesadas e tão dolorosas que a pessoa passa a lidar com elas da maneira que pode: explosões frequentes, medicação constante (esse foi o caminho que minha irmã tomou e que levou a outras complicações).

Lembre-se, a causa de tudo isso são as emoções negativas trazidas pelas mentiras do inimigo que tenta insultar e zombar do seu pecado— quando há um Pai nos céus que quer que cada uma de nós suba no Seu colo para nos dizer que está tudo bem. Ou talvez seja o Marido que está apenas esperando para caminhar com você ao longo de uma estrada tranquila para te dizer a verdade e abrir bem os Seus braços para lembrá-la de que os seus pecados já foram pregados em uma velha e áspera cruz.

Na próxima semana eu vou compartilhar outro exemplo sobre Esconder enquanto você medita sobre o que aprendeu. E certifique-se de não apenas pensar sobre o que você aprendeu, mas marque um encontro com o seu Marido para ficar sozinha com Ele e peça a Ele para compartilhar com você como essa mensagem se aplica à sua vida. ?

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